Volume 12

  • The United Nations Intellectual History Project (UNIHP) is an independent activity located at The Graduate Center of the City University of New York. Originally concentrating on the economic and social arena, it was intended to include peace and security activities, thus covering the entire waterfront of UN activities. UNIHP comprises a series of books on 11 topics that range from international trade and finance to global governance via gender and global resource management (see www.unhistory.org/ for full details). Under each of these topics the history of ideas launched by the UN family will be traced. Did they come from within the Secretariat, or from outside the UN through governments, NGOs, or experts? Were these ideas discarded without discussion or after deliberation? Were they discussed, adapted (or distorted), and then mplemented? What happened afterwards?
  • In English only
  • Acknowledgements 2002
  • Este artigo descreve o projeto de uma ONG que visa aumentar o poder das mulheres de casta inferior que trabalham na indústria de fiação de seda na Índia através da oferta de microfinanças. O artigo registra o impacto que o projeto teve na condição econômica e social das mulheres durante um certo período de tempo e destaca as conseqüências negativas de terem sido excluídos os parentes do sexo masculino de participar em qualquer tarefa significativa. Ele sugere modos pelos quais o projeto poderia ter se tornado mais inclusivo para os homens, ao mesmo tempo garantindo ainda mais poder às mulheres. Ao mesmo tempo, reconhece-se que mesmo que a hostilidade dos homens ao projeto tivesse sido superada, as microempresas das mulheres provavelmente não teriam sido viáveis comercialmente. Isto acontece porque o projeto insistiu que as mulheres trabalhassem como um grupo em uma área de atividade econômica de alto risco, sem uma estratégia clara sobre como seu trabalho poderia ser sustentado.
  • Sucre é uma cidade de microempresas. As linhas entre os negócios e a família são freqüentemente indistintas: as contas são mistas, o espaço é compartilhado e parceiros de fora da família são raros. À primeira vista, este tipo de organização de negócios parece em grande parte inadequado para se alcançar sucesso econômico. Contudo, uma análise mais cuidadosa do funcionamento interno dos negócios de Sucre sugere que a busca complexa do "equilíbrio" entre os negócios e a família pode levar não a um gerenciamento descuidado (como as agências de desenvolvimento de microempresas argumentam freqüentemente), mas uma estratégia flexível para o bem-estar da família. Os negócios de Sucre essencialmente seguem a contabilidade da "linha de base tripla" (triple bottom line) no nível da família, levando em conta tanto os objetivos financeiros como os não-financeiros.
  • A Microfinanças--tanto o crédito como poupança--possui potencial para melhorar o bem-estar das mulheres pobres em países em desenvolvimento. Este artigo explora meios práticos para se atingir este potencial. Baseado nas lições dos mecanismos de poupança informal que as mulheres já utilizam, o artigo propõe dois serviços de poupança voltados para as questões de desenvolvimento que as mulheres enfrentam. As propostas sugerem a adoção de cofres de segurança para depósitos e de cadernetas de poupança combinadas para serviços de saúde e educação.
  • Este artigo explora questões de desenvolvimento a partir da perspectiva de dois vilarejos na zona rural do Líbano. Homens com estudo do vilarejo se vêem como iniciadores do desenvolvimento e utilizam a mesma linguagem dos funcionários de ONGs. As relações entre cliente-benfeitor e wasta (ato de acessar favores materiais, tais como projetos de desenvolvimento, através de detentores do poder) são modos destes homens alcançarem seus fins políticos. As mulheres e os homens com menos poder, que não fazem parte da rede de wasta, tendem a ser desconsiderados nas tomadas de decisões, mas apesar disto possuem fortes opiniões sobre as necessidades dos vilarejos. A visão islâmica enfatiza a vida moral.
  • As ONGs têm desempenhado uma importante tarefa no mundo todo ao tentar evitar a disseminação do vírus HIV/AIDS através de uma mudança de comportamento. As ONGs têm estado freqüentemente em evidência nas mudanças inovadoras, influenciando governos e atividades de programas internacionais. Este artigo identifica e analisa a evolução dos programas de HIV/AIDS de uma ONG na Tailândia durante um período de dez anos. Três gerações de programas são identificadas tanto através de abordagens distintas desta área de trabalho como também através da mudança de jargões que descrevem as pessoas que são alvo do programa.
  • Este artigo discute os prós e os contras da experiência do trabalho voluntário no exterior e tenta abordar uma lacuna na literatura sobre o que é requerido de tais voluntários. Após um breve esboço do voluntariado no exterior e os motivos para se seguir tal trajetória na carreira, o autor oferece uma análise em primeira mão sobre os prós e os contras desta vocação intrigante. Embora as vantagens sejam comumente conhecidas, o autor argumenta que os aspectos menos atraentes são comumente desconhecidos e são de igual importância em qualquer situação em que se encontre um indivíduo.
  • Em 1999, visando fortalecer o arranjo da Gestão Conjunta de Florestas (Joint Forest Management - JFM), o Departamento de Florestas do estado de Gujarat, em colaboração com a Fundação Aga Khan, iniciou uma agência central chamada de célula de JFM. Sua função é ajudar no fortalecimento e expansão da JFM em Gujarat ao oferecer treinamento, pesquisa e suporte de comunicações ao Departamento Florestal (DF) e ONGs. A célula encomendou um estudo para entender o processo de instituir a JFM no nível do vilarejo e o impacto de treinamento e comunicações pelo DF e ONGs neste contexto. Este texto é baseado nos resultados do estudo conduzido pelos autores.
  • Este artigo lida com alguns aspectos dos Estudos de Desenvolvimento como disciplina em desenvolvimento no Reino Unido. Especificamente, ele oferece reflexões após o Exercício de Avaliação de Pesquisa de 2001(RAE) realizado pelo Conselho de Financiamento do Ensino Superior da Inglaterra (HEFCE), no qual os Estudos em Desenvolvimento foram constituídos como um painel em separado pela primeira vez, embora experimentalmente. As autoras, ambas representantes no painel, apresentam estas idéias enquanto indivíduos.
  • In English only
  • Development and the Learning Organisation: An Introduction In English only
  • Este artigo propõe um aprendizado de baixo para cima como um sistema normativo para as ONGs internacionais. Ele explora a comum, mas freqüentemente não reconhecida, disparidade entre os valores e a missão da organização versus a prática real. A primeira parte do artigo levanta a questão dos problemas organizacionais de aprendizado seguido por uma análise das organizações aprendizes (learning organisations) e do aprendizado de baixo para cima em particular. A seção que resume brevemente os desenvolvimentos positivos na área é seguida por discussões sobre barreiras organizacionais e técnicas possíveis de mitigação. O artigo termina com um desafio para as ONGs internacionais para que elas analisem mais de perto sua capacidade de aprendizado, visando melhorar o serviço oferecido para as comunidades necessitadas.
  • Grandes companhias têm acelerado seu controle dos mercados básicos de commodities na última década. A autora descreve o que isto significa para os pequenos produtores dos países em desenvolvimento, que dependem destes mercados para obter uma certa renda em dinheiro a cada ano. As conseqüências do poder crescente dos distribuidores (cadeias de mercearias ou supermercados) e dos detentores de marcas dominantes são a pobreza rural persistente e a desvalorização ideológica e econômica dos métodos de produção agrícola sustentável e de pequena escala que são tão essenciais para os 70 por cento dos pobres do mundo que vivem em áreas rurais. A autora traça a história de uma parceria bem-sucedida de negócios iniciada em 1992, associando produtores de cacau da região oeste da África com amantes de chocolate do Reino Unido e dos EUA com princípios justos, uma iniciativa lançada diante da crítica direta e da grande pressão competitiva dos gigantes globais do chocolate, que têm mobilizado um novo tipo de coalizão e eleitorado.
  • O gerenciamento do aprendizado e do conhecimento são capacitações cruciais para muitas ONGs. Este artigo visa responder questões como: por que o aprendizado é visto como algo tão importante para as ONGs? Como ONGs bem-sucedidas realmente aprendem? E que papel indivíduos ou líderes centrais possuem neste processo? O artigo baseia-se imensamente nos resultados de um estudo de ONGs do sul da Ásia, que sugere que a habilidade de uma ONG aprender depende de sua cultura organizacional e em particular do desenvolvimento de uma cultura interna de aprendizado. Os estudos de caso do sul da Ásia revelam que a criação desta "cultura de aprendizado" deriva primeiramente da atitude de liderança em direção ao aprendizado: no coração de uma organização aprendiz está um "líder aprendiz".
  • Quando estão implementando uma visão e uma missão global transformadora, as ONGs internacionais enfrentam tipicamente três problemas: alinhar níveis diferentes de planejamento e estratégia, balancear análises e prioridades globais em relação às realidades locais e identificar medidas que indiquem progresso e promovam e incentivem a inovação. Este artigo relata os esforços da Unidade de Gerenciamento Regional da América Latina da CARE International para abordar estes problemas através da introdução de "mudanças em sentido contrário" de princípios e processos comuns de planejamento estratégico. Ele mostra aos gerentes de cargos médios nas ONGs como eles podem liderar "a partir do meio" e considera "a região" enquanto o nexo que permitirá que uma organização mude e aprenda em todos os múltiplos níveis hierárquicos.
  • As mudanças são direcionadas não apenas por boas idéias mas também pelo desacordo e frustração. Este artigo apresenta ao leitor uma história organizacional selecionada da ONG britânica ActionAid, de 1998 a 2001, analisando os eventos e mudanças que acompanharam a introdução e no impacto inicial do novo sistema de accountability da agência. Mudanças sistemáticas parecem ser muito assistemáticas. A transformação efetiva demorou um longo tempo para ocorrer e foi precedida por alguns experimentos mal-sucedidos. Parece que as frustrações deste momento foram necessárias para se desenvolver uma criatividade necessária para mudanças significativas. Os esforços começaram a dar frutos quando a organização começou a perceber o alinhamento da missão, estruturas, procedimentos e relacionamentos.
  • A Heifer International (HI) tem utilizado abordagens participativas para o desenvolvimento rural há quase 60 anos. Em termos organizacionais, a HI concentra-se na capacitação dos seus programas de países e das ONGs parceiras para trabalhar independentemente em direção a uma missão unificadora. Uma estrutura aberta permite à HI validar e incorporar a experiência rica e diversa dos detentores de seus projetos e escritórios de programa de país no planejamento organizacional e operações diárias. Este artigo analisa três iniciativas recentes da HI que incorporam processos deliberados para promover o aprendizado organizacional. Ele apresenta estratégias diferentes que a HI utiliza para institucionalizar o aprendizado sem impor limitações sobre ele.
  • A integração do aprendizado nos processos de desenvolvimento comunitário e o modo como este aprendizado pode estimular mudanças positivas impõem desafios que os praticantes do desenvolvimento têm enfrentado com taxas de sucesso variadas. Quem são os agentes de mudança mais efetivos, como eles podem ser apoiados e como seus esforços podem ser difundidos na comunidade e ampliados são questões-chave na literatura sobre desenvolvimento comunitário. Os autores desenvolveram e implementaram um projeto de ação-pesquisa no oeste do Quênia sobre vegetais tradicionais, recrutando alunos como co-pesquisadores. O objetivo da pesquisa era duplo. O primeiro era explorar a viabilidade de se aumentar o consumo de vegetais tradicionais através de um programa de horticultura na escola. O outro era aumentar a qualificação dos alunos como agentes de mudança efetivos, fortalecendo-os de maneiras culturalmente compatíveis. Os resultados oferecem lições para praticantes em relação a meios criativos para identificar e fortalecer os agentes de mudança dentro das organizações tradicionais e incentivar a criação inovadora e difusão de conhecimento
  • O trabalho de pesquisa do professor de Harvard, Chris Argyris, contribuiu em muito para o que hoje é chamado de Aprendizado Organizacional, uma abordagem subseqüentemente difundida por Peter Senge e sua equipe no Instituto de Tecnologia de Massachusetts. A primeira seção deste artigo argumenta sobre a relevância do Aprendizado Organizacional para as ONGs, apesar de suas origens no estudo do setor privado. A segunda seção descreve a intervenção de um projeto em particular baseada na teoria do Aprendizado Organizacional, que atualmente está em andamento em uma ONG brasileira.
  • Este artigo discute as implicações para o aprendizado organizacional de pesquisa recente sobre a atividade das ONGs na mitigação e preparação para desastres naturais. Ele identifica diversas barreiras institucionais e outras barreiras para o aprendizado das ONGs. Contudo, redes pessoais nas ONGs são freqüentemente fortes e determinadas e indivíduos bem-colocados podem forçar a aceitação de inovações significativas. Uma maior ênfase neste fator humano pode ser a chave para enfatizar a mitigação de desastres e outras novas ou marginais abordagens para o desenvolvimento.
  • Se a ajuda é vista como algo que apóia os esforços de guerra, as agências de ajuda e as pessoas que trabalham na área prática devem continuar a oferecê-la? A resposta retumbante dada pelos trabalhadores de ajuda humanitária em todo o mundo é a de que as necessidades das pessoas que sofrem são muito importantes para serem ignoradas e, além disto, não haveria justificativa para não se socorrer as pessoas que sofrem. Mas como alguém pode oferecer ajuda em um contexto de conflito sem exarcerbar o conflito? O Projeto de Capacitação Local para a Paz (Capacities for Peace Project - LCPP) foi formado em 1994 para aprender como a ajuda e os conflitos interagem para ajudar os trabalhadores de ajuda humanitária a encontrar um meio de abordar as necessidades humanas sem alimentar o conflito. Este artigo discute como o processo de aprendizado do LCPP foi montado, os resultados obtidos em cada etapa e como os resultados serviram de subsídio para as organizações participantes.
  • Os princípios organizacionais ou padrões de valores são considerados cruciais para manter a qualidade da assistência humanitária. Pesquisa feita entre funcionários-membros da organização Médicos Sem Fronteira-Holanda (MSF-H) mostrou que os funcionários de campo desenvolvem suas próprias interpretações sobre os princípios e prioridades em resposta às demandas feitas a eles na área de trabalho. Os princípios organizacionais são importantes para o desempenho e bem-estar dos voluntários: eles servem como faróis, marcadores de identidade e espécie de "cola" interpessoal. Também se torna aparente que embora na prática os funcionários-membros renegociam os princípios formais de sua organização, eles também aderem a modelos de cultura organizacional resultando em um número de princípios ordenadores que eles julgam ser típicos de sua organização.
  • As grandes agências de desenvolvimento possuem "Visões Oficiais" (com graus variantes de explicitação) sobre as questões complexas e controversas sobre desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o conhecimento é agora mais do que nunca reconhecido como algo central para o desenvolvimento - na idéia de um "banco de conhecimento" ou assistência ao desenvolvimento baseada no conhecimento. O autor argumenta que estas duas práticas estão em conflito direto. Quando uma agência adiciona a "marca do seu nome" a certas Visões Oficiais, torna-se muito difícil para ela ser também uma organização aprendiz ou fomentar um aprendizado genuíno em seus clientes. É apresentado um modelo de agência de desenvolvimento como uma organização de aprendizagem aberta, que contrasta amplamente com outros modelos organizacionais, tais como a Igreja ou Partido. Isto, por sua vez, permite que a agência adote uma abordagem mais autônoma-compatível de assistência ao desenvolvimento, com o país que está sendo auxiliado "sentado no banco do motorista" de um processo de aprendizado em vez de ser um recipiente passivo de políticas assistenciais-adocicadas promovidas pela agência.
  • Este artigo explora as tentativas de oito ONGs internacionais baseadas no Reino Unido atualmente engajadas em intervenções de desenvolvimento rural na Etiópia, para empregar Sistemas de Monitoramento e Avaliação (M&A) como uma maneira de fortalecer a accountability e o aprendizado institucional. Tendo como premissa a convicção de que tais ONGs incluem coalizões soltas de grupos de interesse em diferentes níveis governamentais dentro deles, o estudo explora como os entrevistados nas matrizes, em Addis Ababa e nos escritórios de campo entenderam e praticaram o M&A. Descobriu-se que as percepções sobre o M&A variam consideravelmente entre os níveis hierárquicos e podem ter um significativo impacto na prática. Tais percepções são também formadas por interesses individuais e, então, freqüentemente não conseguem refletir a realidade da prática de M&A. A história que se desdobra oferece idéias valiosas sobre os mitos e realidades atuais do M&A entre as ONGs internacionais.
  • Este artigo introduz os principais conceitos sobre Mapeamento de Resultado (Outcome Mapping) e discute a experiência do Centro de Pesquisa de Desenvolvimento Internacional em desenvolver e implementar o Mapeamento de Resultado em organizações de pesquisa do hemisfério norte e sul. Ele explora como os princípios fundamentais de Mapeamento de Resultado relacionam-se com os princípios de aprendizado organizacional e os desafios associados com a aplicação da teoria na prática. Ele apresenta casos onde os processos de planejamento, monitoramento e avaliação têm sido usados para incentivar o aprendizado e o aperfeiçoamento e discute o potencial do Mapeamento de Resultado como uma ferramenta para o pensamento evolutivo para desenvolver o aprendizado em programas de desenvolvimento.
  • Este breve artigo descreve uma tentativa de atualizar os modelos de lógica de programa para incorporar o aprendizado organizacional. Ele começa com uma breve revisão dos conceitos de aprendizado, descreve a Análise de Sistema Lógico tradicional e conclui com um esboço de um modelo de programa alternativo, chamado de Modelo Lógico Temporal.
  • O campo do trabalho da advocacia está crescendo e mudando rapidamente e existe muito a ser feito na avaliação de não apenas qual a melhor forma de executar uma advocacia efetiva mas também qual a melhor maneira de usar as ferramentas de Monitoramento & Avaliação e Levantamento de Impacto (M&A/LI) para promover o aprendizado, melhorar a accountability e avaliar o valor da advocacia. Este artigo começa explorando a natureza complexa e variável do trabalho de advocacia, argumentando que as formas padronizadas de M&A/LI serão provavelmente inapropriadas - elas provavelmente irão oferecer informações enganosas, e podem criar incentivos perversos que destroem a ação conjunta. Contudo, embora existam perigos óbvios, existem algumas poucas respostas já prontas. Os autores sugerem que as ONGs envolvidas em advocacia em todos os níveis deveriam identificar elementos essenciais de seu trabalho no início e garantir que elas monitorem e avaliem as áreas que elas julguem serem as mais importantes . De fato, as evidências mostram que sucessos de curto prazo no trabalho de advocacia podem freqüentemente ser vencidos às custas de metas de mais longo prazo - tais como capacitação entre os parceiros e contribuição para mudanças mais fundamentais no futuro. Em todo o artigo, os autores argumentam que uma análise de poder e estruturas de poder deveriam orientar a estratégia de advocacia e os modos pelos quais a advocacia pode ser avaliada efetivamente. Uma abordagem bem-sucedida de M&A deve ser flexível o suficiente não apenas para se adaptar a eventos externos mas também para ser uma ferramenta para remodelar a campanha. Aqueles de nós preocupados em desenvolver ferramentas de M&A/LI para uma advocacia efetiva e responsável, precisam começar a desbravar novos caminhos.
  • No final da década de 70, cientistas sociais feministas começaram a desafiar alguns pressupostos que estavam por trás de paradigmas dominantes sobre as organizações, argumentando que elas refletem e são estruturadas por valores articulados dentro de arenas institucionais mais amplas nas quais elas estavam inseridas, reproduzindo então resultados discriminatórios em relação à questão de gênero. Este artigo disseca a "estrutura profunda" de uma ONG, Utthan, situada em Gujarat, Índia, para entender até que ponto ela é uma organização que enfatiza a questão de gênero. Ele sugere que, embora uma liderança sensível à questão de gênero, treinamento e recursos assumam um papel crítico em abordar a eqüidade de gênero na prática de desenvolvimento, a transformação organizacional é um processo muito mais difícil e longo, requerendo um comprometimento sustentável da liderança, dos funcionários e dos parceiros de financiamento.
  • As organizações aprendizes e sua ênfase em mudanças fundamentais têm sido vistas como detentoras de um grande potencial para tornar as organizações mais justas em termos de gênero e melhorar sua capacidade de realizar trabalhos sobre desenvolvimento ou direitos humanos que não sejam parciais em termos de gênero. Este artigo, desenvolvido pelo grupo Gênero em Trabalho Colaborativo, explora a utilidade de idéias relacionadas a organizações aprendizes em mudar as instituições em direção à eqüidade de gênero. Este conjunto de idéias e práticas é visto como útil mas uma desconstrução de pontos de aprendizado organizacionais mostra algumas dificuldades com este órgão de trabalho e propõe uma melhor caixa de ferramentas, que prestaria atenção a fatores como relações de poder, base espiritual do trabalho e "estrutura profunda" das organizações com ênfase na questão de gênero.
  • A Organização Aprendiz (Learning Organisation) é um conceito e uma metodologia particular dentro de um domínio mais amplo de Desenvolvimento Organizacional (DO). Para apreciar integralmente as premissas da Organização Aprendiz, é necessário recorrer às principais premissas do DO, começando com a visão da organização como um sistema aberto. Muitos dos conceitos estabelecidos na ciência de sistemas, como os aplicados a sistemas organizacionais - tais como solidez do sistema, inteligência do sistema e proatividade do sistema - têm uma relação direta com a capacidade de um aprendizado contínuo na organização. Movendo-se dos conceitos para a ação, uma organização precisa de um conjunto de práticas de trabalho para adquirir as características de uma Organização Aprendiz. Um "caminho" particularmente útil para o processo da Organização Aprendiz é um sistema de gerenciamento de desempenho abrangente que obrigue os membros da organização a reexaminar as idéias de desempenho e os pressupostos sobre os processos organizacionais que estão por trás das práticas de gerenciamento. O caminho segue o paradigma da Ação-Pesquisa e parece combinar bem com as ONGs de desenvolvimento sem fins lucrativos.
  • O potencial para a colaboração acadêmica-ONG é enorme, mas tal colaboração é muito mais difícil do que parece à primeira vista, mesmo quando os colaboradores compartilham um comprometimento e valores que apóiam uma causa ou questão em particular. Este artigo analisa alguns dos fatores que incentivam as colaborações acadêmico-praticas. Ele então identifica cinco modelos diferentes de colaboração e faz recomendações que, se observadas, devem eliminar algumas das tensões nos esforços colaborativos, enquanto que ao mesmo tempo oferece uma base para o aprendizado em andamento.
  • Muitas organizações não aprendem. Existem muitas razões para isto, e a falta de apoio dos doadores tende a ser citada como a mais importante. Mas esta não é a principal razão para a falta de aprendizado. Não conseguimos aprender porque somos incapazes de ver a importância de se fazer isto. Nós ficamos tão envolvidos em nossos negócios, em nossas demandas auto-impostas para agir, que paramos de valorizar o aprendizado. E nós perdemos de vista o fato de que sem o aprendizado, nossa ação está condenada à ineficácia. Se estamos dispostos ao desenvolvimento e não podemos medir como estamos atuando, como poderemos desenvolver uma prática rigorosa e efetiva?
  • Em muitos projetos de desenvolvimento, indivíduos de uma organização são designados e realocados para uma outra organização. Para que estes "convidados" sejam efetivos na oferta de assistência técnica é preciso que eles aprendam e se adaptem ao meio local. Usando um estudo de caso de Navajo, este artigo analisa como as práticas chamadas de atos permitem que os convidados dêem uma contribuição efetiva através do aprendizado e adaptação. Ele mostra que duas categorias de atos, calibragem e progresso, são cruciais a este respeito. A calibragem permite que os convidados avaliem a adequação dos pressupostos e o progresso permite que eles captem informações e explicações para ajudar a desenvolver a compreensão do contexto. Este conjunto de atos contribui para a competência comunicativa inter-cultural e, assim, para o sucesso do projeto de desenvolvimento.
  • O conceito de Organizações Aprendizes (Learning Organisations) está ganhando destaque no setor sem fins lucrativos. A maioria das organizações vê o conceito como uma maneira de alcançar mudança organizacional para obter um maior impacto no desenvolvimento. Embora os princípios do aprendizado organizacional (isto é, aprendizado de equipe, visão compartilhada, objetivo comum e estratégia) parecem ter produzido resultados expressivos no setor privado e em algumas organizações não-governamentais, a questão a saber é se estes princípios podem ser adaptados com resultados similares nos programas bilaterais complexos. O presente artigo explora esta questão em relação a um programa entre o governo holandês e o governo queniano em Keiyo Marakwet. Ele analisa o processo de institucionalizar a participação como um processo de aprendizado e processo de geração de conflito. No contexto altamente politizado de programas bilaterais, o aprendizado não é necessariamente transportado de uma fase para a próxima devido às rápidas mudanças nos atores, políticas nacionais, considerações diplomáticas e na agenda internacional de desenvolvimento.
  • Diversas agências de desenvolvimento buscam trabalhar em prol dos "pobres" e dos "mais pobres entre os pobres", freqüentemente criando definições externas de pobreza e de pessoas que vivem na pobreza que são baseadas em uma lista complexa de itens que os pobres não possuem. Existem outras que têm direcionado esforços para definir a pobreza com base em critérios derivados de membros de comunidades rurais (em grande parte), onde muitos seriam considerados pobres. Todas estas definições, no final, resultam em agrupamentos de pessoas em diversas categorias de "pessoas pobres". Ao criar uma lista de características da pobreza, as agências acreditam que elas serão mais capazes de alcançar "os pobres" como beneficiários das intervenções que visam erradicar a pobreza. Este artigo busca desafiar as agências de desenvolvimento (governamentais e não-governamentais) a irem além das simples definições de pobreza que estão baseadas em características estáticas. O artigo visa estimular os leitores a reavaliarem algumas de suas idéias sobre as definições de pobreza e criticamente examinarem o papel de sua agência no negócio da pobreza.
  • Este artigo baseia-se em um pequeno estudo realizado em nível micro para avaliar os impactos de mudanças sócio-econômicas recentes no Tadjiquistão sobre os meios de subsistência e bem-estar das mulheres em Gorno-Badakhshan. Ele examina o envolvimento recente de mulheres no comércio e nas atividades econômicas informais, focalizando os prós e contras que as mulheres têm enfrentado como resultado. Ele argumenta que a mudança em direção à economia de mercado em um ambiente econômico em depressão tem resultado em uma maior diferenciação sócio-econômica, meios de subsistência mais inseguros e declínio do capital social. O envolvimento das mulheres no comércio, juntamente com a retirada do Estado dos serviços sociais básicos, têm aumentado a carga de trabalho delas. A participação feminina na esfera política está declinando de uma base que já era pequena. A crescente pobreza material e várias tarefas e responsabilidades têm tornado difícil para as mulheres aproveitarem as oportunidades de participação pública, mesmo em nível local. O artigo conclui que existem barreiras estruturais para se reduzir a pobreza em Gorno-Badakhshan e levanta questões sobre as possibilidades de grupos e regiões em desvantagem se beneficiarem de um paradigma de desenvolvimento fortemente baseado no mercado.
  • O microcrédito tem sido introduzido em comunidades rurais de Bangladesh como uma forma de desenvolvimento econômico e social, mas há dúvidas crescentes sobre sua efetividade e sugestões que este esquema provoca abusos domésticos. Uma revisão de vários estudos indica que o microcrédito pode resultar em transtornos sociais através do aumento do conflito de gênero. O artigo sugere que é necessário um estudo em nível micro antes do crédito ser introduzido em comunidades locais.
  • Especialistas na questão de gênero que formulam planejamentos e estratégias para enfatizar as questões de gênero nas políticas e programas organizacionais normalmente caracterizam os formuladores e planejadores de política que não sejam especialistas como resistentes ativos ou implementadores passivos ao invés de agentes capazes de mudanças. Por esta razão, existe uma maior resistência à ênfase na questão de gênero do que seria necessário e os programas freqüentemente não conseguem levar em conta as necessidades e contribuições de planejadores como participantes. O artigo discute estas falhas e apresenta casos do sistema da ONU com os quais a autora esteve envolvida, onde a mudança organizacional e ênfase na questão de gênero eram baseadas na participação dos colaboradores que começaram a combater algumas limitações comumente identificadas.
  • Este artigo chama atenção para os problemas pessoais e profissionais dos trabalhadores de campo do setor de ONGs em Bangladesh. O artigo baseia-se em uma pesquisa de campo com trabalhadores de linha de frente de quatro ONGs, seus clientes, chefes superiores imediatos e gerenciamento sênior. Os trabalhadores de campo enfrentam problemas pessoais, tais como insegurança no trabalho, privações financeiras, dificuldades com acomodação e deslocamento de sua família. Estes problemas variam de acordo com o sexo, estado civil e idade. Os problemas profissionais incluem treinamento, promoção e transferência. Além disto, os trabalhadores de campo enfrentam problemas em seus relacionamentos externos, tais como suspeitas, resistência ou falta de cooperação dos líderes religiosos e da elite local, limitações de tempo e recursos, competição por clientes e o desejo dos beneficiários-alvo de simplesmente conseguirem acesso a benefícios financeiros ou materiais. O artigo argumenta que os pontos positivos dos trabalhadores de campo das ONGs do hemisfério sul têm sido altamente inexplorados e subestimados.
  • Este artigo baseia-se em um estudo analítico dos autores sobre as experiências das intervenções de desenvolvimento participativo em Moçambique, comparando como os diferentes projetos interpretaram e aplicaram o conceito e identificaram os problemas encontrados e as lições aprendidas ao usar tais abordagens.
  • Este artigo concentra-se nos riscos pessoais, sociais e psicológicos que as crianças e os idosos enfrentam nas instituições estatais da Rússia. O artigo desafia dois pressupostos: o de que os problemas da Rússia são puramente econômicos e o de que o Estado é o único responsável pelas soluções. Nós argumentamos que os problemas da Rússia são basicamente sociais e que a comunidade pode assumir a liderança na solução destes problemas. Nós apresentamos iniciativas de baixo custo, práticas, humanas e voltadas à comunidade como alternativa à rígida institucionalização. Este modelo é aplicável a outros locais e pode ser adaptado pela própria comunidade.
  • Dois projetos de desenvolvimento de energia foram examinados como base para a recomendação de melhorias em relação a como as questões de reassentamento são tratadas. Um destes projetos ilustrou os seguintes problemas: ausência de um canal de comunicação adequado do organismo implementador junto aos residentes locais; o fracasso em abordar as preferências próprias dos reassentados; o esquema de compensação para os reassentados não permite que eles reconstruam seus meios de subsistência; o emprego de pessoas locais em atividades relacionadas ao projeto foi apenas marginal e o desenvolvimento de comunidades e da indústria local não conseguiu beneficiar os reassentados.
  • Gana possui uma história de projetos mal sucedidos de desenvolvimento rural, e Tono parece estar a caminho de se tornar mais um destes casos. Este artigo analisa os relatos contrastantes sobre os sucessos de um projeto de desenvolvimento rural apresentados por oficiais públicos que o organizaram e pelos beneficiários-alvo locais. Os dados oficiais sustentam que o projeto é um grande sucesso. Os beneficiários-alvo, por sua vez, sentiram uma melhora material mínima em suas vidas. Eles também acreditam que houve um significativo transtorno em sua comunidade. Existem evidências de alienação devido à falta de envolvimento local com o projeto e a gradual retirada dele. A migração da área do projeto não está diminuindo. Este artigo indaga se os dados representam as duas visões sobre os mesmos fatos ou um cenário de um transtorno inevitável causado pela mudança social. Algumas sugestões são apresentadas sobre como os avanços materiais poderiam ser introduzidos na vida das pessoas com um mínimo de transtorno estrutural e dor para as pessoas envolvidas.
  • In English only
  • As reformas e o desenvolvimento nos campos da República de Camarões têm aumentado os custos dos materiais de construção, o que significa que os pobres talvez nunca sejam capazes de financiar a construção de sua própria casa, tendo então que alugá-la. Materiais localmente disponíveis têm sido desprezados e seu uso não é permitido em áreas urbanas. É verdade que os serviços médicos de estilo ocidental custam aos pacientes menos do que eles pagariam para tratamentos médicos tradicionais. Pela mesma razão, enquanto as armas importadas do Ocidente têm substituído armas tradicionais, os equipamentos agrícolas modernos são muito necessários para se reduzir o nível de pobreza nos campos da República de Camarões.
  • O financiamento internacional das organizações da sociedade civil dentro do esquema de apoio aos processos de democratização tem aumentado de maneira significativa nos últimos anos. No entanto, isto suscita algumas questões que vão muito além da efetividade das atividades das organizações receptoras. Quem são estes grupos? Quem eles representam? Quais efeitos o financiamento internacional produz sobre o trabalho organizacional delas e seu enraizamento nas sociedades locais e sistemas políticos? Este artigo apresenta os resultados de uma pesquisa que examinou as fontes de financiamento, nível organizacional, eleitorado doméstico e relações com partidos políticos de 16 grupos da sociedade civil na América Latina que receberam apoio da Fundação Nacional para a Democracia [National Endowment for Democracy] em 1999. A pesquisa mostrou que, embora os grupos demonstrem uma grande diversidade em suas fontes de financiamento, todos eles recebem a maior parte dos financiamentos a partir de doadores internacionais. O autor argumenta, contudo, que dadas as escassas possibilidades de financiamento gerado domesticamente, esta dependência já é esperada. O artigo conclui com uma série de questões sobre o significado do apoio internacional para grupos locais em democracias em desenvolvimento e os efeitos em potencial que ele pode ter em desconectar tais grupos de seu sistema político e partidário mais geral.
  • O comércio mundial está cada vez mais condicionado às regras da Organização Mundial de Comércio (OMC). No caso da indústria de confecções isto significa a desativação gradual do Acordo Multifibras, que tem dominado o comércio dos produtos têxteis e das confecções desde 1974. Esta desativação é vista como benéfica para os países em desenvolvimento e as críticas concentram-se na maneira pela qual os EUA e a Europa estão atrasando o processo. É importante, porém, analisar quem exatamente irá ganhar ou perder. Nem todos os países pobres irão se beneficiar. Além disto, a maior parte dos lucros da produção de roupas vai para as companhias do hemisfério norte que controlam a indústria. Estas companhias irão se beneficiar de mercados mais abertos e da competição entre fornecedores globais. Ao mesmo tempo, para trabalhadores do hemisfério norte e sul, esta maior competição traz insegurança e ameaça de deterioração das condições de trabalho.
  • Este artigo investiga o impacto das atividades de consultoria antropológica nas universidades do Reino Unido e o papel do Departamento Britânico para o Desenvolvimento Internacional (DFID) na condição de importante fornecedor de serviços de consultoria. O DFID e outros doadores vêem a consultoria antropológica como um instrumento útil principalmente no oferecimento de assistência técnica a projetos do Terceiro Mundo com uma dimensão comunitária ou de desenvolvimento social. O artigo mostra as tensões entre a consultoria baseada no Reino Unido e o desenvolvimento de base no terceiro mundo e também entre a antropologia aplicada e a autonomia relativa da antropologia como disciplina acadêmica. O autor sugere que uma pré-condição necessária para compreender a contribuição da antropologia para a política é a superação da falta de vontade dos governantes de questionar politicamente as relações de poder dentro das quais as ciências sociais, antropologia e as próprias atividades comissionadas estão alocadas. O objetivo principal do artigo é iniciar um debate sobre as relações entre poder, conhecimento, fortalecimento e trabalho de consultoria.
  • Em maio de 2000 um grupo da Ashoka, fundação humanitária com base nos EUA que concede financiamentos a 'empresários sociais' ou projetos inovadores para o bem comum, visitou alguns projetos para o desenvolvimento sustentável na costa de Oaxaca, no sul do México. O autor acompanhou o grupo e relata aqui suas observações e destaca questões desafiadoras sobre as contradições e riscos imprevistos nestes empreendimentos visionários.
  • O autor questiona quais as políticas públicas "em que todos ganham" que podem reduzir substancialmente o percentual de pessoas que vivem na pobreza absoluta e que permitam que os pobres se tornem mais ricos, mesmo que os ricos também se tornem mais ricos.
  • As estratégias voltadas especificamente para as questões de gênero têm se tornado muito populares, tendo como objetivo alcançar uma melhora sustentável na pobreza da zona rural da África. Contudo, existe uma preocupação crescente de que esta estratégia possui uma base conceitual muito fraca. Partindo de informações reunidas durante anos de envolvimento com projetos de desenvolvimento exclusivo para mulheres na Nigéria, os autores destacam alguns desafios conceituais importantes para esta estratégia e argumentam que, a menos que eles sejam combatidos, estes riscos irão por fim fazer com que a estratégia de alívio da pobreza voltada especificamente para as questões de gênero na Nigéria seja esquecida em um cemitério de paradigmas de desenvolvimento não utilizados.
  • Uma renda familiar insuficiente devido aos recursos degradantes e oportunidades limitadas tem provocado a migração, desnutrição e má qualidade de vida entre os tribais na Índia. Estes problemas têm sido efetivamente combatidos através da capacitação das pessoas para que elas possam reconstruir sua base de recursos e do fortalecimento da ação local através dos Gram Vikas Mandals (fóruns de desenvolvimento do vilarejo) e do desenvolvimento de recursos humanos em nível de vilarejo. O programa de criação de pomares descrito neste artigo atualmente atinge mais de 11.000 famílias e 4.000 alqueires de terras marginais foram convertidos em pomares. Este programa tem ajudado as pessoas a planejar outras ações de desenvolvimento, melhorar seu conhecimento e habilidade em assumir riscos e formar um grupo social coeso. Assim, ele tem permitido que o bem-estar dos tribais esteja em sintonia com o bem-estar do ecossistema. Este programa orientado para resultados foi agora considerado um modelo para o desenvolvimento dos tribais e de pessoas pobres da zona rural e é organizado pela Fundação para Pesquisa de Desenvolvimento BAIF e financiado pelo Governo Alemão através da KfW e da NABARD na Índia.
  • O artigo argumenta em prol de projetos que definem caminhos inovadores e revê a experiência do Projeto de Desenvolvimento de Terai, no norte de Bengal (Índia). Ele resume diversas lições: criando condições para a efetividade em termos de custos de "projetos internos", gerenciando iniciativas de boa vontade, promovendo a inovação através do ciclo completo de crescimento e consolidação, conectando programas governamentais e iniciativas privadas em andamento com desenvolvimento de políticas de base e utilizando talentos locais. Os autores defendem uma abordagem apropriada em relação ao desenvolvimento institucional e inovação de políticas, concentrando-se naquilo que pode ser feito para funcionar ao invés daquilo que é pré-concebido como o modo correto de se trabalhar.
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  • Este estudo baseado em fontes secundárias foi conduzido sob responsabilidade da UNICEF em Daca, capital de Bangladesh, para estabelecer quais informações estavam disponíveis sobre a violência de ataques com ácido, com o objetivo de possibilitar possíveis intervenções a fim de evitar os ataques. O estudo mostra que as mulheres jovens são as principais vítimas que, tendo rejeitado o assédio dos homens, são alvo de ataques de ácido como forma de vingança. Embora isto ocorra em toda Bangladesh, existem poucos dados de fontes confiáveis sobre o número real dos ataques, reabilitação das sobreviventes e as conseqüências para os culpados. O relatório sugere que são necessárias pesquisas adicionais para completar estes dados e que deve ser dado destaque à capacitação em gerenciamento de dados no ponto de oferecimento de serviços de apoio.
  • Este artigo concentra-se na medição do desempenho do programa de democracia e governança (DG) da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), em sua missão no Zimbábue. O artigo conta a estória de um indicador qualitativo utilizado para medir o progresso, chamado de 'Índice de Advocacia'. O autor traça a história deste indicador, desde sua razão fundamental e conceitos até as fases iniciais de implementação. O artigo discute os problemas de medição quantitativa e observa que tem havido um conjunto de respostas "qualitativas" sugeridas. Ele segue descrevendo a introdução do Índice de Advocacia pela missão USAID e as respostas de seus parceiros do Zimbábue e apresenta também algumas lições e questões preliminares suscitadas pela experiência.
  • Voluntários expatriados em Phnom Penh, Camboja, trabalham em um país onde muitos de seus colegas expatriados recebem um pagamento melhor do que o deles. Tais voluntários acreditam em geral que estas disparidades financeiras afetam as percepções que as pessoas têm a respeito deles. Este artigo analisa a auto-percepção dos voluntários trabalhando com o Serviço Voluntário do Exterior em Phnom Penh e enquadra estas percepções nas teorias recentes de motivação e engajamento. Duas questões são, então, levantadas: se estes voluntários estão interessados e capacitados o suficiente para oferecer assistência com qualidade e de que modo as percepções de seu status podem afetar sua habilidade em oferecer tal assistência.